Entenda o que é SaaS e BaaS, além das diferenças entre os dois modelos!
Em todos os setores, a transformação digital está democratizando o acesso à tecnologia para todas as empresas. Novos sistemas estão sendo colocados à disposição de startups e empresas emergentes, colocando essas organizações em boa colocação no mercado.
É o caso, por exemplo, das tecnologias “as-a-Service”. O “as-a-Service” significa que uma empresa pode usufruir de um sistema sem ter que dispor da infraestrutura de hardware necessária para construí-lo ou mantê-lo.
No mercado financeiro, as tecnologias “as-a-Service”, especialmente o SaaS e o BaaS, têm permitido que as startups da área, as chamadas fintechs, construam aplicativos de Internet Banking personalizados às suas necessidades, sem precisar investir alto no desenvolvimento.
Para te mostrar como isso é possível, abaixo explicamos o que é cada uma dessas ofertas e quais as diferenças desses modelos! Acompanhe!
O que é SaaS — Software-as-a-Service?
Para entender o que é o SaaS — Software-as-a-Service — vamos pensar em como os softwares eram adquiridos antigamente.
Antes, a empresa ou pessoa física que quisesse utilizar um software legalmente, deveria adquirir a licença deste. Essa licença tinha o formato de um pagamento único, que garantia o uso vitalício do sistema.
O modelo, apesar de ter funcionado bem durante anos, trazia alguns desafios. O primeiro deles era que a licença vitalícia, apesar de garantir o uso do software para sempre, não garantia que o programa receberia todas as atualizações. Caso uma versão melhor fosse lançada, o usuário deveria adquirir uma nova licença para o novo sistema.
O segundo é que o comprador era totalmente responsável por provisionar o hardware necessário para hospedar o sistema. Ou seja, programas que exigiam um alto poder computacional acabavam custando muito caro devido à infraestrutura que exigiam para serem rodados. Além disso, o software só poderia ser acessado do dispositivo em que estava instalado.
O SaaS mudou esse cenário. Com ele, os softwares passaram a ser acessados pela internet, sem a necessidade de possuir uma infraestrutura robusta para suportá-los. Para acessá-lo, basta uma conexão com a internet e um navegador.
O software, portanto, não precisa ser instalado em nenhuma máquina, dando maior liberdade às empresas e usuários para acessar programas de qualquer lugar.
Neste modelo, o comprador paga uma assinatura mensal para utilizar o sistema. Enquanto, inicialmente, isso pode fazer parecer que os custos serão mais altos no final, o pagamento mensal é feito por usuário que utiliza o sistema (garantindo um modelo de cobrança mais justo), não há gastos com hardware e a empresa garante ter em mãos um programa sempre atualizado, uma vez que as atualizações fazem parte do pacote.
O que é BaaS — Banking-as-a-Service?
Em resumo, o BaaS — Banking-as-a-Service — é um processo de ponta a ponta (end-to-end) onde terceiros podem acessar e executar recursos de serviços financeiros sem ter que desenvolvê-los organicamente.
Não entendeu nada? Vamos explicar melhor. Imagine que você é dono de uma companhia aérea, onde a concorrência é acirrada. Para conquistar clientes, você quer oferecer seu próprio cartão de crédito, com descontos e ofertas especiais para os assinantes.
No entanto, desenvolver internamente um sistema de cartão do zero não é tão simples. É preciso dispor de mão de obra qualificada (que, muitas vezes, não sai barato), esperar um longo tempo até que o projeto esteja pronto e perder horas de trabalho gerenciando tudo.
O BaaS oferece um sistema pronto para suas necessidades. Você não precisa gastar tempo ou dinheiro com um projeto caro de desenvolvimento, mas sim aderir a uma plataforma pronta que pode ser personalizada com algumas especificidades da sua marca, como identidade e funcionalidades próprias.
Existem dezenas de maneiras de como os não-bancos podem melhorar a experiência do cliente e aumentar sua receita, oferecendo seus próprios serviços bancários — e o BaaS é a maneira como eles podem conquistar isso sem gastar muito.
Assim como no SaaS, o BaaS oferece um modelo de pay-as-you-go, ou seja, pague somente por aquilo que usa. Em outras palavras, pague pelo número de usuários que utilizarão seu sistema, e garanta ter em mãos um produto sempre atualizado e mantido por uma equipe externa especializada.
Seu time economiza tempo para focar em estratégias para fazer sua empresa crescer, enquanto o sistema está sendo mantido por quem entende do assunto.
Quais as diferenças entre SaaS e BaaS?
Podemos dizer que o Banking-as-a-Service é um tipo de Software-as-a-Service, porém com algumas diferenças.
Como mostramos, o modelo de pagamento por assinatura é similar aos dois e o software disponibilizado por meio do BaaS também pode ser acessado pela internet, sem a necessidade de que o usuário final o tenha instalado no seu computador. O programa também é sempre atualizado remotamente.
No entanto, o BaaS oferece mais do que um SaaS. Em primeiro lugar, os provedores de BaaS oferecem vários recursos do lado do servidor, como:
- gerenciamento de banco de dados;
- armazenamento em nuvem (para conteúdo gerado pelo usuário);
- autenticação de usuário;
- notificações via push;
- hospedagem;
- Outras funcionalidades específicas da plataforma — por exemplo, indexação de pesquisa do Google.
Tudo isso permite às empresas que optam pelo BaaS reduzir o time-to-market e superar complexidades regulatórias. As empresas podem contornar alguns dos grandes obstáculos de desenvolvimento e entrar no mercado muito mais rápido do que se optassem por construir sua própria funcionalidade do zero.
Outro dos grandes obstáculos enfrentados pelas empresas ao fornecer produtos de serviços financeiros é lidar com regulamentações e conformidade complicadas. Ao fazer parceria por meio do BaaS, elas podem contornar isso pegando carona no contrato de licença já adquirido pela empresa desenvolvedora.
Agora que você sabe o que as diferenças entre SaaS e BaaS, aproveite e descubra também o que é onboarding e quais as vantagens para instituições financeiras!