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Parcelado, automático e offline: A ascensão do Pix nos últimos anos 

Há apenas cinco anos, parece quase inacreditável, mas 77% das transações financeiras ainda eram realizadas em dinheiro vivo, um método que hoje se tornou quase obsoleto. Os pagamentos por cartões de crédito e débito, juntamente com os tradicionais boletos bancários, dominavam o cenário dos métodos de pagamento. No entanto, com a introdução do PIX em novembro de 2020, esse panorama sofreu uma transformação radical, evoluindo mais rapidamente do que os especialistas do mercado financeiro poderiam ter previsto. 

Os alicerces para o sistema de pagamentos instantâneos, que viria a ser conhecido como PIX, foram estabelecidos em 2018. Foi neste ano que o Banco Central do Brasil divulgou os primeiros parâmetros técnicos para sua implementação. Já existia uma infraestrutura base, o Sistema de Transferência de Reservas (STR), capaz de realizar liquidações em tempo real. No entanto, para acompanhar as mudanças e gerenciar o alto volume de transações esperado com a introdução do PIX, era imperativo aprimorar essa infraestrutura. 

Um dos desafios cruciais era garantir que o serviço funcionasse 24 horas por dia, sete dias por semana, sem pausas para manutenção. Além disso, era essencial assegurar a segurança e a integridade das transações. Isso significava que todas as operações precisariam ocorrer em uma rede privada, com processos robustos de criptografia e assinatura digital, garantindo a segurança e a confiabilidade necessárias em um sistema de pagamentos moderno e eficiente. 

Preparação para mudanças

A iminente chegada de 2024 traz consigo a necessidade de adaptação às novas funcionalidades do Pix e aos comportamentos emergentes dos usuários. As empresas e instituições financeiras deverão se ajustar a novos formatos de transações e acolher novos perfis de usuários que serão integrados ao sistema. Este período de transição representa uma oportunidade de expansão para os serviços financeiros, exigindo uma abordagem flexível e inovadora. O mercado deve se preparar para estas mudanças, antecipando o impacto destas inovações nas operações de prevenção à fraude e na experiência do usuário com os pagamentos instantâneos. 

Pix Parcelado

O Pix Parcelado é uma inovação significativa no cenário dos pagamentos digitais no Brasil. Esta modalidade permite que os usuários dividam o pagamento de suas compras em várias parcelas, mantendo a rapidez e a facilidade de uso característicos do Pix.

A grande vantagem do Pix Parcelado é a eliminação de processos complexos associados ao crédito tradicional e à intermediação de operadoras de cartão, oferecendo uma alternativa direta e eficiente para consumidores que não possuem o valor total disponível em conta.

Embora ainda esteja aguardando regulamentação oficial pelo Banco Central, várias instituições financeiras já começaram a implementar essa funcionalidade. Com a previsão de lançamento para o segundo trimestre de 2024, o Pix Parcelado promete revolucionar o mercado de crédito e pagamentos, proporcionando maior flexibilidade e inclusão financeira para os usuários. 

Pix Automático

O Pix Automático está configurado para transformar a maneira como pagamentos recorrentes são realizados no Brasil. Essa nova funcionalidade do sistema Pix permitirá aos usuários autorizar pagamentos automáticos para serviços periódicos, como mensalidades escolares, taxas de condomínio, assinaturas de serviços, entre outros.

Isso significa que, ao invés de realizar transferências manuais ou depender de métodos tradicionais como débito automático ou cartão de crédito, os usuários poderão configurar pagamentos automáticos via Pix. A facilidade e a praticidade do Pix Automático têm o potencial de reduzir a inadimplência, além de ser uma solução acessível para uma ampla gama de serviços.

Originalmente previsto para o início de 2024, seu lançamento foi adiado para o final de outubro devido à complexidade na implementação tecnológica. Esta funcionalidade será obrigatória para todas as instituições participantes do Pix, prometendo simplificar significativamente a vida financeira dos brasileiros. 

Pix Offline

O Pix Offline é uma das iniciativas mais aguardadas para ampliar o alcance dos pagamentos instantâneos no Brasil. A ideia central do Pix Offline é permitir transações via Pix mesmo na ausência de uma conexão com a internet, aumentando assim a acessibilidade do serviço em áreas remotas ou em situações em que a conectividade é limitada.

Para possibilitar isso, o Banco Central está explorando tecnologias como Near Field Communication (NFC), Radio Frequency Identification (RFID), Bluetooth e biometria. Esta funcionalidade é particularmente relevante para transações em locais como pedágios, estacionamentos e transporte público.

Apesar de ter sido mencionado pela primeira vez em 2021, o Pix Offline ainda está em fase de desenvolvimento. O Banco Central do Brasil reconhece o potencial desta inovação para aumentar ainda mais a inclusão financeira, tornando os pagamentos instantâneos acessíveis a ainda mais pessoas em todo o país. 

Conclusão

Essas evoluções não são apenas sobre tecnologia, mas também sobre inclusão financeira, conveniência e segurança. Elas representam um passo adiante na jornada do Brasil para se tornar uma sociedade menos dependente do dinheiro físico e mais imersa em um ecossistema digital inclusivo e eficiente. À medida que o Pix avança, ele não apenas remodela o mercado financeiro, mas também reflete as mudanças na sociedade brasileira, tornando-se um pilar crucial na vida financeira cotidiana. 

Olhando para o futuro, espera-se que o Pix continue a inovar e se adaptar, enfrentando desafios e aproveitando oportunidades, solidificando seu papel como uma força transformadora no cenário dos pagamentos digitais no Brasil. 

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